08/11/2018 - 17h15

O axioma Bolsonaro

O axioma Bolsonaro

Um axioma por definição sucinta e simplória, seria uma verdade lógica, estampada e inegável, sem a necessidade de provar a veracidade da mesma, bastando ela por si só. Todavia, a ausência de confirmação do que será, digamos, óbvio, coloca em xeque sua eficiência também.

A eleição de Jair Bolsonaro é um axioma? Vejamos: 
-Ele foi eleito por motivos como a mudança de um partido que governou por 16 anos, além das promessas de segurança pública ,entre outros. Ou seja, foi um voto de fé e esperança por dias melhores.
-Está formando uma equipe de ministros e cargos relevantes no seu futuro governo, com pessoas tecnicamente e profissionalmente ligadas às respectivas pastas. Temos um economista para dirigir as finanças, um engenheiro para ciência e tecnologia, um juiz federal para Justiça, um general para gabinete de segurança, uma engenheira agrônoma para a Agricultura, sem contar outras por vir que serão de carreira nas áreas designadas pelo futuro presidente.

Não deixa de ser uma mudança de postura. Sempre falaram em política do "toma lá, dá cá", onde partidos negociavam cadeiras para seus políticos despreparados, para assumirem cargos na cúpula do governo em troca de apoio às propostas do poder executivo. Os votos dos 'representantes do povo" viravam moeda de troca. Convidar pessoas com expertise para as áreas que serão por eles lideradas, não deixa de ser meio caminho paa sucesso. Porém, ainda teremos que ver como será a capacidade de gestão e lideranças dos mesmos. Eles tem que comprovar que terão resiliência no jogo político, não na politicagem que corroeu o país por tantos anos, mas na política saudável, a política diplomática, que convence pela persuasão racional, argumentativa e fundamentada.

A equipe de Bolsonaro, assim como os políticos eleitos este ano no Brasil, terão que lidar com a herança deixada pelos atuais. Os presentes de boas vindas já começam a chegar. Vimos o aumento dos salários dos ministros do STF, teto do funcionalismo público.Este aumento se passar po Michel Temer, custará entre 5 e 6 bilhões de reais por ano aos cofres públicos. Informaram também a aprovação no senado do corte do fundo à educação, oriundo do pré sal. Independente de ideologia ou partido, o futuro governo tem uma missão tão relevante quanto o resgate da Economia, que é o resgate moral e de cidadania. O capital não se evapora, apenas troca de mão. Não falta capital para investir no Brasil, falta coragem por parte do empresariado e investidores, falta transparência e credibilidade por parte do governo.  Se resgatarem a credibilidade, a moral, aumentando o combate à corrupção, desburocratizando, diminuindo a carga tributária, e controlando o déficit público, veremos um horizonte positivo na macroeconomia brasileira, com índices no mercado acionário para cima, e as cotações do mercado de câmbio nos patamares atuais por meses, inclusive com períodos de taxas mais baixas.
Enquanto não sairmos  de um axioma para um teorema, que prova sua veracidade e legitimidade, ficaremos com a expectativa na imagem de Bolsonaro nesta singela opinião, um contorno à espera de um preenchimento. Como brasileiros, torcemos para que tudo dê certo.

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